segunda-feira, 27 de julho de 2015

Revolução Chilena

       Revolução Chilena

    Passados os conflitos da Segunda Guerra Mundial (1939 – 1945), o Chile viveu um período de expressivo desenvolvimento econômico calcado na exportação de minérios e o desenvolvimento do parque industrial. Em meio a esse processo de modernização econômica, diversas empresas estrangeiras aproveitaram do bom momento do país para lucrar com a exploração de suas riquezas. Entre outros interessados, destacamos o papel exercido pelos Estados Unidos no interior da economia daquele país.

   Chegada a década de 1960, a vida política do Chile se agitava com a consolidação de partidos políticos que discutiam os projetos que resolveriam as mazelas sociais que atingiam boa parte da população. Em linhas gerais, os movimentos de mudança se dividiam entre aqueles que apoiavam uma revolução aos moldes da experiência cubana e aqueles que defendiam a utilização das vias democrático-partidárias e das reformas políticas como instrumento de transformação.
    Nesse mesmo período, o governo de Eduardo Frei chegou à presidência do Chile com um frágil conjunto de reformas que não alcançou os objetivos esperados. Dessa maneira, comunistas e socialistas se mobilizaram em torno da Unidade Popular, partido que acabou elegendo o presidente Salvador Allende. Após décadas de luta e mobilização, os setores de esquerda conseguiram se organizar e eleger uma figura comprometida com as lutas populares da nação.


Entre suas primeiras medidas no poder, Allende preferiu seguir uma política independente em relação aos Estados Unidos e defendeu a nacionalização das empresas norte-americanas que se encontravam no país. Imediatamente, setores políticos conservadores e as próprias autoridades estadunidenses passaram a ver com receio as propostas do novo presidente. Além disso, o governo de Allende teve que enfrentar uma crise do cobre no mercado internacional, que, na época, representava uma boa parcela da economia chilena.
A diminuição dos preços do cobre acarretou em uma elevação no preço dos alimentos mediante a forte dependência da economia chilena em relação a seus recursos minerais. Aproveitando da situação desfavorável, os EUA e os conservadores chilenos instigaram a organização de manifestações contrárias ao governo Salvador Allende. Em pouco tempo, um grupo de militares golpistas se formou com o objetivo de dar fim ao domínio dos socialistas.

 - Desde 1891 ,o Chile passou por diversas experiências políticas, de comunistas a centro-esquerda, estes, que trouxeram para a cena política os operários;

- Nas eleições presidenciais de 1970, a vitória coube a Salvador Allende, candidato da Unidade Popular, criando uma frente socialista e liberal;

- Allende aprofundou a reforma agrária, nacionalizou as minas, bancos e empresas do exterior;

- Os Estados Unidos, com ideias econômicas, queriam intervir, entretanto a população ainda estava traumatizada por causa da Guerra do Vietnã. Então, o país decidiu boicotar o cobre chileno;

- Esta e outras ideias dos Estados Unidos colocaram a população contra a União Popular, principalmente a classe média;

- Em 1973, um golpe militar chefiado pelo general Augusto Pinochet derrubou Allende, que foi morto no Palácio de La Moneda enquanto a Residência Presidencial era bombardiada;

- O Chile passou, então, a ter como poder vigente uma Ditadura Militar, o poder que Augusto Pinochet possuía era muito grande, e ele abusava do mesmo com sua tirania;

- Esta ditadura militar foi patrocinada pelos Estados Unidos.


Revolução Argentina

Revolução Argentina


O período denominado Ditadura Argentina começou com o golpe de estado que derrubou o presidente constitucional da ArgentinaArturo Illia, em 28 de junho de 1966. Desse modo, começou um novo período de governos militares que resultaria na volta do peronismo ao poder em 1973. A ditadura argentina se autodenominou Revolução Argentina.
Durante esses anos, o país foi regido pelo Estatuto da Revolução Argentina, alçado ao mesmo nível jurídico da Constituição Nacional. As expectativas de um prolongado governo dos militares golpistas estavam refletidas em uma de suas mais repetidas palavras de ordem, "a Revolução Argentina tem objetivos, mas não prazos". Os partidos políticos foram proibidos, assim como todo tipo de participação política por parte dos cidadãos; vigorou de forma quase permanente o estado de sítio e viram-se cortados direitos civis, sociais e políticos.
Três gestões dividiram esse período. A primeira ficou conhecida como o Onganiato, presidida pelo general Juan Carlos Onganía, cabeça do golpe e representante da velha facção azul do Exército Argentino. Onganía governou de junho de 1966 a junho de 1970, quando teve que entregar o poder debilitado por protestos, como o Cordobazo.
Durante sua gestão foram adotadas uma grande quantidade de medidas econômicas que tendiam a liberar os mercados e facilitar o caminho para a introdução de grandes monopólios internacionais, ao mesmo tempo que eram suprimidos importantes direitos de associação e reprimidas as greves e atividades proletárias.
Do mesmo modo, o Onganiato foi caracterizado por uma marcada intolerância e desprezo para com as então prestigiadas universidades argentinas, consideradas pelo governo como berços da subversão e docomunismo, chegando ao ponto de reprimir brutalmente as atividades de centros estudantis. Uma das ações mais paradigmáticas deste regime autoritário ficou conhecida como a Noite dos Cassetetes, ocorrida em 29 de julho de 1966, operação na qual forças policiais irromperam nas universidades, desalojando a cacetadas e golpes tanto professores como alunos; o que fez com que numerosos docentes, intelectuais e investigadores das universidades nacionais se exilassem, prejudicando seriamente a comunidade científica, cultural e universitária. A destruição alcançou até mesmo laboratórios e bibliotecas.
Em junho de 1970, o presidente militar Onganía foi substituído pela Junta de Comandantes em Chefe das três forças armadas, designando para seu lugar o general Roberto Marcelo Levingston, um desconhecido militar da inteligência que então desempenhava ignóbeis funções nos Estados Unidos, e que governou até março de 1971. Sem poder controlar a rarefeita situação política, social e econômica do país, Levingston foi, por sua vez, substituído pelo próprio Comandante em Chefe do Exército e homem forte da Revolução Argentina, o general Alejandro Agustín Lanusse.

Lanusse governou de março de 1971 a maio de 1973, e, à semelhança de seus predecessores, seu período de governo foi visto com grande antipatia e repúdio por parte da população. Sua gestão se caracterizou por um grande investimento em importantes obras de infraestrutura nacional (estradas,pontesrepresasetc.). Em 1972 ocorrem chacinas como o Massacre de Trelew, aumentam as ações de o Exército Revolucionário do Povo. Frente à crescente pressão tanto dos simpatizantes peronistas quanto do próprio Perón em seu exílio em Madrid, Lanusse preparou o terreno para a volta de um governo civil e tentou criar um tipo de peronismo sem Perón em seu frustrado projeto político, o qual batizou de o Grande Acordo Nacional (GAN).

Em 1973, convocou eleições gerais devido a exigências dos ilegalizados partidos políticos, os quais, em oposição ao GAN, haviam produzido por sua vez o documento A Hora do Povo. Lanusse suspendeu a proibição ao Partido Justicialista, mas manteve sobre Juan Domingo Perón. Ao elevar a quantidade de anos de residência necessários para ser presidente, argumentou que Perón não cumpria por ter estado exilado 18 anos na Espanha. Nas eleições, foi eleito Héctor José Cámpora pelo FreJuLi (Frente Justicialista de Liberación), nome que naquela ocasião o Partido Justicialista usou, sob a tutela do próprio Perón, e junto a outros partidos menores e ocasionais aliados políticos. O slogan mais eloquente e relembrado do FreJuLi era "Cámpora ao Governo, Perón ao poder".